17 dezembro 2012

Depressão, gole e meio...

Comprou um óculos estreitinho na segunda, pendurou um Levi Strauss no sovaco na terça, consumiu um Sarau Literário na quarta, debochou de dois pagodeiros no caminho do trabalho na quinta, postou uma frase de Bukowski no face na sexta, no sábado já se achava tão melhor que as amiguinhas do prédio que não saiu de casa pra balada, ficou em seu quarto tomando algumas doses de depressão com gelo bem acompanhada por seu ego cego e emburrecido, que bem instalado estava naquele lindo espelho trincado que nunca foi tão pequeno.


10 setembro 2012

Coisas que tiram-me de mim

Há certas coisas que deixam a gente desestimulado, mas daquele jeito a qual você se pergunta "que diabos está fazendo no mundo" e no que crê que está fazendo.
Uma delas cada vez que me lembro me questiono que raios eu estou a me matar para ser uma pessoa melhor e mais conhecedora da nossa língua-mater.
Sabes do que falo? não? É esse "tapa na cara" de o Sr douto Ronaldinho Gaúcho ter ganho a mais alta comenda da Academia Brasileira de Letras, a comenda Machado de Assis (?!?!?!?!?!), como assim? honraria estendida a quem muito faz por nossa língua e nossa cultura.
Não, vocês estão de brincadeira.... É por isso que "essa casa tá caindo".
Essas coisas mexem com o interior desse caboclo editor e redator.


Sei que não tem "nada acver" (como diria o sr Quevedo), mas hoje, pela madrugada, acordei lembrando dessa música (essa do link), dessa letra (Pas Sans Toi). Encontrei na voz da interprete Lara Fabian para postar aqui. Ficou bacaninha a versão, diga-se. Essa letra é muito especial para mim, me reporta um momento muito intenso da minha vida.

29 julho 2012

Caminhos

Se eu mostrar-lhe meus labirintos interiores, desejará trilhar por seus incertos e confusos caminhos para chegar no cerne de meu coração? Digo-lhe, amor meu, valerá cada passo ao final da viagem.





17 julho 2012

Reencontro com Alexandre e seu companheiro Bucéfalo

Hoje, no frio desse dia, me deparei com Alexandre e seu companehiro Bucéfalo, grande emoção. Esses dois foram protagonistas de um dos meus melhores momentos nos últimos anos. Daqueles momentos que fazem as cortinas da ilusão das aparencias se abrirem.

Nos próximos dias descrevo o que rendeu esse reencontro.

Segue link desse post tão marcante de 16/02/2010: 

Alexandre, um andarilho surpreendente, Bucéfalo seu companheiro, um lindo gato tigrado.
Tudo realidade, por mais ficcional que possa parecer...


06 julho 2012

17 abril 2012

Assoberbado

Ausente faz um bom tempo aqui do Mausoléu,

são muitas tarefas ultimamente e anda me absorvendo muito, trabalhando dia e noite. Preparações para a Bienal do Livro. Mas buscarei mais tempo para publicar posts aqui,

às vezes penso em abandonar o Mausoléu, mas já são quase dez anos, não dá pra pensar em naão escrever quando der vontade por aqui.

Em breve haverá mudanças, e novidades: em junho publicarei uma compilação das crônicas deste e do velho Mausoléu dos Desvairados, e novos contos, alguns em quadrinhos. Sairá em versão impressa e e-book. Quando tiver mais próximo informo detalhes.


Publicação Mausoléu dos Desvairados, a sair em junho, uma curtição fazê-lo.

23 março 2012

Dos livros que li

Este ano se tudo continuar como camnha devo atingir a marca de 3 mil livros lidos, bem lidos e absorvidos; bem como chegar a 100 livros escritos. Para alguns, à priori pode parecer números altos, mas para um editor é média.

Para um leitor comum certamente é, visto que a média de um bom leitor é de 500 na minha idade. Além do livro ser caro no país se guarda o estigma de quem lê mais de dois livros no mês, ou é rico ou não tem mais nada o que fazer, não tem vida social. Triste mentalidade.

Além de ser editor, claro, conta o fato de eu ter crescido em meio a uma rasoável biblioteca, compendiada por meu pai, um amante da literatura. Aos 16 ou 18 já tinha lido mais de 400 livros. E obras de Proust, Socrates, Platão, Engels, Kafka, Machado de Assis, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Eça de Queiroz, Neruda, Malinowsky, Jung e outros não eram estranhas para mim.

É interessante como isso hoje tomou uma importância diminuta dentro de mim. Claro, eu sei do tesouro que é isso dentro de minha alma, entretanto é tão insignificante quando se observa o ouro do mundo, o interior das pessoas, o universo inteiro que é um ser humano, que todo esse arsenal de conhecimento se simplifica e perde o brilho de metal precioso.

Vejo tantas pessoas se engalanando pelo fato de ter lido Levi Strauss, ou Ivanov, ou Wilde, ou Boff, ou sei lá o quê. Quanta vaidade vazia, despropositada.

Leituras sem vivências é conhecimento morto, que não se transforma em sabedoria. Das pessoas que conheci as mais interessantes, profundas, sábias, criativas eram as mais simples e desprovidas de bagagem catedrática.

Hoje sou responsável direto pela edição de dezenas de livros por ano, e ainda bem, é uma lista eclética de literatura, quase isenta de preconceitos (digo quase pois nunca estamo slivre disso, ainda que nos esforcemos).

Aqui rendo minha homenagem aos simples, aos tranquilos, não empossados nos tronos da vaidade dos que se entendem à parte da "sociedade diminuta".

25 fevereiro 2012

tarde

Das tristezas que viveu,
fez um sanduiche e comeu.


Se para nos proteger machucamos os outros, com palavras fustigantes, e com isso nos engalanamos, nos orgulhamos e envaidecemos na mentira da força, ainda que tenhamos destuido com isso coisas importantes, então sinto muito, eu não faço parte disso.


"Há palavras em nós. Palavras vivas e palavras mortas. Palavras pulsantes e inertes. Palavras que brotam ou minguam. Palavras que vão e que ficam. Ou palavras que por vezes sangram... sem estancar." (FFF)

07 fevereiro 2012

Gato Judiado

Da janela eu vejo o felino
Lambendo seu pêlo
tratando com zêlo
como bailarino
seu casaco feupudo
trepado no murro
silencio, ele é mudo?
de olhar muito duro
nao dá um miado
tirou-lhe doçura
a vida cruel
se tivesse ficado
longe da agrura
um dono fiel
tivesse encontrado
seria ele ainda
mas uma diferença
se perceberia
mudança mais linda
por dentro seria
confiança e crença
em amor e ternura.

28 janeiro 2012

Roubo, mato e estupro pq sou revolucionário

É, realmente não estou entendendo mais nada. Ontem, no meus tempos de garoto, quando um criminoso entrava dentro de nossa casa e roubava tudo que lutamos para conquistar ele era censurado pelos vizinhos, pela sociedade. Quando alguém entrava dentro de um atelier e roubava esculturas ou pinturas que um artista tinha, através de sua criatividade, produzido através dos meses isso era censurado pelos vizinhos e esses apoiavam a vítima. Ontem quando alguém roubava o dinheiro de alguém numa "saidinha de banco", dinheiro esse fruto do seu suor, os cidadãos rechassavam isso e apoiavam a vítima. Agora é diferente... dolorosamente diferente....
Seus vizinhos agora apoiam o ladrão e acuam a vitima do roubo. Por quê? porque todos nós nos tornamos ladrões miseráveis e caras-de-pau. Somos contra a lei anti-pirataria, acobertando e leniando o ladrão pois isso nos é conveniente, podemos continuar roubando como ratos o alimento na noite dos caminhos. Roubando músicas, filmes, literatura, tudo, tudo, roubando músicos, intérpretes, compositores, escritores, ilustradores, programadores, autores e artistas de toda sorte... o negócio é roubar. Somos ladrões fedorentos e coniventes com o estupro de artistas e criadores de toda ordem por toda a esfera planetária, sedentos que somos por roubar também o que é direito do criador, do trabalhador, do operário da arte, sob a desculpa que temos de lesar a grande indústria manipuladora e capitalista. Mas na verdade só lesamos de fato o artista, que criou algo e vive do direito autoral e não receberá por ele.
Agora, eu, artista, não tenho direito sobre meu próprio ganho sobre minhas obras, pois todos se acham no direito de me roubar, derrubar e chutar minha bunda. Porque direito autoral é para os canalhas donos do mundo e isso tem de acabar (?!?!). Coloquei uma máscara de "V de Vendetta" no meu perfil e sou subversivo, nhec nhec! Nããão, você é só um ladrãozinho. Nada mais que isso.
Viva a lei Anti-Pirataria.