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24 setembro 2013

Vem para mim

Essas flores que surgem quando a vejo,
Quando vejo seu sorriso lindo,
e tudo me encanta.
Teu jeito de mexer no cabelo,
nesse cabelo lindo.
Vem meu amor pra mim.
 
Tudo torna feliz quando
meu olhar tá no teu olhar,
esse segundo que é sem-fim.
Esse perfume que me envolve
quando você está perto.
Eu te quero pra mim, meu amor.

Essas suas cores carmins que
sufocam minhas cores gris.
Esse coração aqui ardea a ver teu brilho
não me faça isso não, sabe a loucura que me causa.
Ah, minh'alma dança com seu jeito assim.
Vem meu amor, vem só pra mim.

11 julho 2013

se vivo

Ele, de fato, a ama muito,
mas sabe, agora, que ela o vê como a infelicidade de sua vida.
Ele a quer feliz, posto que a ama.
Se ele é a infelicidade de sua vida,
liberta-a da tristeza, pois,
ainda que para si o abismo isso seja.
A queda do abismo é longa, gélida e angustiante,
mas após a dor e o estrondo do baque no fundo, se vivo,
seguirá.

29 julho 2012

Caminhos

Se eu mostrar-lhe meus labirintos interiores, desejará trilhar por seus incertos e confusos caminhos para chegar no cerne de meu coração? Digo-lhe, amor meu, valerá cada passo ao final da viagem.





03 agosto 2011

Prossigo cantando, beijando o espaço

Hoje, caminhando pelo estacionamento de um hiperemarcado fiquei observando alguns pardais que tomavam banho numa bacia de areia que possivelmente se formou por ação das chuvas. Sentei no portamalas aberto do carro e me perdi a fitar a cena. Dado momento um ou dois pardais levantaram voo até uma árvore avizinhada. Lá permaneceram e eu no meu voyerismo os fazia presença.


Mas observando bem, veio, assim de arroubo uma lembrança, a lembrança de quando aquela árvore era pequeninha, iniciante na jornada da vida por ali. Mas fazia tão pouco tempo, e era tão mirrudinha. De arrasto me veio outras lembranças enlaçadas a essa, a do murro defronte pintado, uma cumeeira de casa próxima não mais vista pela chegada de uma construção mais alta e outras tantas lembranças. Tudo tão recente, mas tão distante.


Me pus a pensar na temporaneidade das coisas, como tudo por aqui é momentâneo e célere. Tudo tão passageiro. Incluindo-se nisso nós mesmos.


Passamos por aqui tão rapidamente, male-male temos tempo de amar.
de respirar, de agradecer, de sorrir tranquilamente,
de auxiliar, de construir, de compreender.


Me lembrei do filme de Peter Pan, o capitão gancho falando das crianças que se resumem em poucas frases: eu quero, eu quero, eu quero! é meu, é meu, é meu! agora, agora, agora! E por isso elas não tinham dele a paciencia.


Penso: Somos todos essas tais crianças: eu quero, é meu, agora! Tantas coisas saem tao erradas por conta disso, por conta desse umbigocentrismo autista. Mas eu tenho um oceano para navegar e tão pouco tempo,


não posso ficar aos devaneios da minha mente que fervilha.
É hora de construir


E até que a morte eu sinta chegando
Prossigo cantando, beijando o espaço
Além do cabelo que desembaraço
Invoco as águas a vir inundando
Pessoas e coisas que vão se arrastando
Do meu pensamento já podem lavar
Ah! no peixe de asas eu quero voar
Sair do oceano de tez poluída
Cantar um galope fechando a ferida
Que só cicatriza na beira do mar
É na beira do mar


Trecho de Beira-Mar / Ze Ramalho
Nem sempre nos dias de festa, mas no dia da batalha os amigos sempre lutam no mesmo lado!Que os Deuses e Deusas me emprestem o fio da espada e perfume da rosa. Hoje, agora e sempre!

30 janeiro 2011

Frouxos de Caráter, Afastai-vos

Por conta de coisas me ocorreram este mês estive pensando sobre como a insegurança faz da gente pessoas piores e como origina feiura interior em todos nós.
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A insegurança produz um série de subprodutos fedorentos dependendo dos ingredientes que cada um abriga dentro da parte mais escura de suas entranhas.
Não há nada pior que alguém inseguro e frouxo de personalidade por perto, estas causam mais problemas que as pessoas de natureza perversa.
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por exemplo, para algumas pessoas a insegurança se apresenta sob o disfarce do temperamento violento e agressivo, para outras traz arrogância, outras, subserviência, outras a timidez ou introspecção, já outras expansividade e tagarelice, outras posturas de desdém e jactância, para outras trazem egoísmo ou inveja. O coitadinho, o aparecidinho, o covarde, o malediscente, o castrador-repressor, o moralista, o pudico, o super-protetor, o sabichão, todos inseguros ao extremo.
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Mas afinal de contas de onde vem a insegurança? simples, da VAIDADE.
Um tímido nada mais é que uma pessoa extremamente vaidosa, o egoísta, o arrogante, o violento e agressivo, o sabereto, estas pessoas não cabem em si dentro de sua vaidade imperiosa.
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Ôbèron, acaulelai-vos de sua vaidade e percebe como ela se expressa em ti.

23 julho 2010

La tormenta

Está chovendo lá fora.
Muito.
Nem quero pensar no estrago
que se encontrará quando
parar esta chuva e
se puder sair no alpendre.
.
A janela está fechada,
mas eu vou abri-la,
e eu sei que tudo aqui ficará molhado,
e o vento que a acompanha
colocará tudo fora dos seus lugares.
molhará minha roupa e
eu tremerei de frio.
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O vento está assoviando pelos cantos e
pelas frestas,
Remexendo as folhas e os gravetos,
descobrindo o que estava oculto por estes.
Está cantando e avisando da
chegada da tempestade.
.
Ela está a alguns minutos daqui
contorcendo suas nuvens furiosas
em roxo e chumbo.
Quando ela chegar, volumosa,
vai extremecer as vigas e colunas,
e quando ela passar não sei se
a choupana que construí com os dias estará de pé.
Não sei se as cercanias que eu conhecia
estarão lá para serem reconhecidas mais uma vez.
E sim, isso só não traz medo para os vazios.
.
Sempre que uma tormenta passa
pelo vilarejo da gente,
leva e quebra muitas coisas que gostávamos,
e nos faz chorar ou ranger os dentes.
Sim.
Mas também lava o pó, limpa os grotões,
quebra todos os galhos envelhecidos e telhados fragilizados
com o tempo e com os acontecimentos.
Nos impele para diante,
ainda que que com muita dor.
.
.
ela chegou,
e a janela está aberta.