Comprou um óculos estreitinho na segunda, pendurou um Levi Strauss no sovaco na terça, consumiu um Sarau Literário na quarta, debochou de dois pagodeiros no caminho do trabalho na quinta, postou uma frase de Bukowski no face na sexta, no sábado já se achava tão melhor que as amiguinhas do prédio que não saiu de casa pra balada, ficou em seu quarto tomando algumas doses de depressão com gelo bem acompanhada por seu ego cego e emburrecido, que bem instalado estava naquele lindo espelho trincado que nunca foi tão pequeno.
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17 dezembro 2012
10 setembro 2012
Coisas que tiram-me de mim
Há certas coisas que deixam a gente desestimulado, mas daquele jeito a qual você se pergunta "que diabos está fazendo no mundo" e no que crê que está fazendo.
Uma delas cada vez que me lembro me questiono que raios eu estou a me matar para ser uma pessoa melhor e mais conhecedora da nossa língua-mater.
Sabes do que falo? não? É esse "tapa na cara" de o Sr douto Ronaldinho Gaúcho ter ganho a mais alta comenda da Academia Brasileira de Letras, a comenda Machado de Assis (?!?!?!?!?!), como assim? honraria estendida a quem muito faz por nossa língua e nossa cultura.
Não, vocês estão de brincadeira.... É por isso que "essa casa tá caindo".
Essas coisas mexem com o interior desse caboclo editor e redator.
Sei que não tem "nada acver" (como diria o sr Quevedo), mas hoje, pela madrugada, acordei lembrando dessa música (essa do link), dessa letra (Pas Sans Toi). Encontrei na voz da interprete Lara Fabian para postar aqui. Ficou bacaninha a versão, diga-se. Essa letra é muito especial para mim, me reporta um momento muito intenso da minha vida.
23 março 2012
Dos livros que li
Este ano se tudo continuar como camnha devo atingir a marca de 3 mil livros lidos, bem lidos e absorvidos; bem como chegar a 100 livros escritos. Para alguns, à priori pode parecer números altos, mas para um editor é média.
Para um leitor comum certamente é, visto que a média de um bom leitor é de 500 na minha idade. Além do livro ser caro no país se guarda o estigma de quem lê mais de dois livros no mês, ou é rico ou não tem mais nada o que fazer, não tem vida social. Triste mentalidade.
Além de ser editor, claro, conta o fato de eu ter crescido em meio a uma rasoável biblioteca, compendiada por meu pai, um amante da literatura. Aos 16 ou 18 já tinha lido mais de 400 livros. E obras de Proust, Socrates, Platão, Engels, Kafka, Machado de Assis, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Eça de Queiroz, Neruda, Malinowsky, Jung e outros não eram estranhas para mim.
É interessante como isso hoje tomou uma importância diminuta dentro de mim. Claro, eu sei do tesouro que é isso dentro de minha alma, entretanto é tão insignificante quando se observa o ouro do mundo, o interior das pessoas, o universo inteiro que é um ser humano, que todo esse arsenal de conhecimento se simplifica e perde o brilho de metal precioso.
Vejo tantas pessoas se engalanando pelo fato de ter lido Levi Strauss, ou Ivanov, ou Wilde, ou Boff, ou sei lá o quê. Quanta vaidade vazia, despropositada.
Leituras sem vivências é conhecimento morto, que não se transforma em sabedoria. Das pessoas que conheci as mais interessantes, profundas, sábias, criativas eram as mais simples e desprovidas de bagagem catedrática.
Hoje sou responsável direto pela edição de dezenas de livros por ano, e ainda bem, é uma lista eclética de literatura, quase isenta de preconceitos (digo quase pois nunca estamo slivre disso, ainda que nos esforcemos).
Aqui rendo minha homenagem aos simples, aos tranquilos, não empossados nos tronos da vaidade dos que se entendem à parte da "sociedade diminuta".
25 fevereiro 2012
tarde
Das tristezas que viveu,
fez um sanduiche e comeu.
fez um sanduiche e comeu.
Se para nos proteger machucamos os outros, com palavras fustigantes, e com isso nos engalanamos, nos orgulhamos e envaidecemos na mentira da força, ainda que tenhamos destuido com isso coisas importantes, então sinto muito, eu não faço parte disso.
"Há palavras em nós. Palavras vivas e palavras mortas. Palavras pulsantes e inertes. Palavras que brotam ou minguam. Palavras que vão e que ficam. Ou palavras que por vezes sangram... sem estancar." (FFF)
31 dezembro 2011
ciclos e rítmos
A vida não pergunta a data nem olha o calendário para aplicar mudanças em nossa trilha, e tudo é uma continuidade. Não faço parte de nenhuma religião cristã, nem me apego a celebrações como Natal e Ano Novo, desde a infância, ainda que sempre estivesse conectado a minha coletividade e compartilhasse tais datas com os meus. Mas os ritos de passagem são sim importantes, sei da sua importância.
Então, falando em ano novo, que nesse fictício novo ciclo valorizemos as coisas que já consquistamos e que não foquemos a felicidade naquilo que ainda não temos. Que os laços de familia e amizade prevaleçam sobre os de interesse. E que as dificuldades não sejam motivo de desesperança e sim impulso para a melhora.
Tolerância, fraternidade, compreenção em nossos dias.
Tolerância, fraternidade, compreenção em nossos dias.
Saúde, amor e felicidade! hoje, agora e sempre!
Feliz 2012!!
Feliz 2012!!
Se nos falamos muito ou pouco durante esse ano, isso não importa. O que é certo é que você faz parte da minha existência tendo-se em mente a interligação inevitável entre todos nesse planetinha, e desejo a ti muitos, mas muitos sorrisos plenos.
29 outubro 2011
Fugas proparoxítonas
Fugindo das atitudes sórdidas,
e pensamentos fúnebres.
Colecionando resultados pífios,
presenciando posturas líquidas,
e tendo reações ígneas.
Acreditando em conquistas sólidas.
.
Observando mulheres tímidas,
e tocando fêmeas intrépidas.
Penso em fugas etílicas,
causando demandas piroclásticas,
tenho falas solícitas,
e gestos harmônicos.
Gerando fronteiras flácidas,
de derrotadas sociedades típicas,
e movimentos biômicos.
.
permaneço fugindo das soluções cítricas,
e dos finais incômodos.
Éder
e pensamentos fúnebres.
Colecionando resultados pífios,
presenciando posturas líquidas,
e tendo reações ígneas.
Acreditando em conquistas sólidas.
.
Observando mulheres tímidas,
e tocando fêmeas intrépidas.
Penso em fugas etílicas,
causando demandas piroclásticas,
tenho falas solícitas,
e gestos harmônicos.
Gerando fronteiras flácidas,
de derrotadas sociedades típicas,
e movimentos biômicos.
.
permaneço fugindo das soluções cítricas,
e dos finais incômodos.
Éder
28 outubro 2011
Lembranças
Em 1999 havia uma música que tocava nas rádios populares que eu gostava muito, muito mesmo, de um grupo chamado Harmadilha, se chamava Tempestade.
Não sei porque eu lembrei dela hoje, cada acorde, cada estrofe, cada palavra. Peguei o violão e tentei puxar ela; é, consegui quase toda (tenho de treinar mais).
Certos cheiros, certos tons de sol, certas músicas lembram coisas. Lembram coisas, lembram olhares, toques, alegrias e tristezas, vitórias e derrotas, lembram momentos simples e frugais, mas que ficaram marcados, por algum motivo, na lembrança.
20 outubro 2011
Dias de beleza e dificuldades
Hoje, fisicamente, não estou muito bem. Sinto que emagreci um pouco. São dias difíceis.
Mas fiz um pouco de esforço para pintar a janela de minha mãe. Já fazia um tempo havera prometido executar essa tarefa. Pois bem, assim o fiz. Estou satisfeito, me sinto em dia com minha palavra. Para minha pessoa isso é da mais profunda importância.
Apesar de algumas dificuldades que venho enfrentando, também devo dizer que ando tendo muitos prazeres, muita satisfação com uma variedade de coisas.
Uma das coisas que mais me deu plenitude (e trabalho também) ultimamente, foi a celebração do dia das crianças que ocorreu no campus de minha faculdade para crianças desassistidas em seus direitos mais básicos. Ter conseguido mobilizar a maior parte da faculdade, ter integrado cursos, alunos e professores, sociedade e adm da facul em torno de uma causa foi algo muito feliz.
Fazer uma alinhavo entre todos os núcleos assitenciais sociais da região e a faculdade foi algo que algumas vezes duvidei que conseguiria, mas uma vez concretizado na frente de meus olhos naquele dia, tanta felicidade (de adultos e crianças) foi sensacional.
Pareceu-me que, por um instante, em meio a tantas coisas erradas que tenho feito, isso fora algo a qual havia obtido acerto. Tinha feito algo certo.
E ver que isso poderá ser um ponto inicial para outras ações positivas futuras, me enche o coração de felicidade. Imagens aqui.
Ter conhecido pessoas incríveis no interim entre o organizar e o realizar (pessoas estas que jamais teria outra oportunidade de conhecer) foi uma oportunidade ímpar. Gente que foi fundamental nesse processo, que sem elas nada teria ocorrido como ocorreu, com a beleza que ocorreu.
Cada minuto de empenho valeu a pena, e mais.
Poder ver a beleza das coisas que a ação de todos podem realizar, faz nos esquecer por um breve instante como podemos ser feios e repulsivos de alma e como nos orgulhamos de sermos vís.
Pena que a vida é tão rápida, ....às vezes, mais do que esperamos. Temos de fazer isso tudo valer a pena, em cada dia, em cada ocasião. Jamais sabemos quando será a última oportunidade de fazer algo realmente bom, que faça a diferença.
Então que eu faça agora algo de bom.
Que os Deuses e Deusas me permitam e ajudem a exorcizar, de vez, o espírito acinzentado da procrastinação. Não tenho tempo mais para isso.
08 agosto 2011
Exatamente neste momento
Neste exato momento uma mulher está sofrendo violências em sua própria casa por seu próprio marido.
Neste instante uma paineira, uma canela ou um jacarandá secular está caindo ao chão para serem produzidas algumas poucas belas cadeiras.
Exatamente agora um cidadão está morrendo em algum hospital desse país por falta de atendimento.
Nesse instante um uma crinaça está sofrendo sevícias com a conivência de seus familiares.
Neste exato momento um jovem está morrendo por overdose.
Agora mesmo uma mulher está dando à luz a uma linda criança.
Neste exato momento um casal está fazendo sexo intensamente.
Nesse momento uma criança está tendo dificuldades para fazer suas tarefas de escola.
Neste instante um arrimo de familia está sendo morto por um vagabundo em busca de quatro reais para comprar uma pedra de crack.
Agora mesmo uma pessoa acaba de ser atropelada.
Neste momento um atleta está chegando ao seu limite em busca de bater seu melhor desempenho.
Agora mesmo uma jovem está dando um lindo e imenso sorriso por conta de uma piada ouvida.
Exatamente agora um advogado está libertando um homem que foi preso injustamente.
Nesse instante, em algum local do mundo, cidadãos estão em passeata por um mundo melhor.
Neste momento uma mãe amamenta seu filho.
Neste instante o relógio girou o ponteiro e marcou mais um momento de sua vida que passou.
justamente agora.
Right Now!
E você, o que está fazendo examente agora (ou acha que deveria estar fazendo)?
03 agosto 2011
Prossigo cantando, beijando o espaço
Hoje, caminhando pelo estacionamento de um hiperemarcado fiquei observando alguns pardais que tomavam banho numa bacia de areia que possivelmente se formou por ação das chuvas. Sentei no portamalas aberto do carro e me perdi a fitar a cena. Dado momento um ou dois pardais levantaram voo até uma árvore avizinhada. Lá permaneceram e eu no meu voyerismo os fazia presença.
Mas observando bem, veio, assim de arroubo uma lembrança, a lembrança de quando aquela árvore era pequeninha, iniciante na jornada da vida por ali. Mas fazia tão pouco tempo, e era tão mirrudinha. De arrasto me veio outras lembranças enlaçadas a essa, a do murro defronte pintado, uma cumeeira de casa próxima não mais vista pela chegada de uma construção mais alta e outras tantas lembranças. Tudo tão recente, mas tão distante.
Me pus a pensar na temporaneidade das coisas, como tudo por aqui é momentâneo e célere. Tudo tão passageiro. Incluindo-se nisso nós mesmos.
Passamos por aqui tão rapidamente, male-male temos tempo de amar.
de respirar, de agradecer, de sorrir tranquilamente,
de auxiliar, de construir, de compreender.
de respirar, de agradecer, de sorrir tranquilamente,
de auxiliar, de construir, de compreender.
Me lembrei do filme de Peter Pan, o capitão gancho falando das crianças que se resumem em poucas frases: eu quero, eu quero, eu quero! é meu, é meu, é meu! agora, agora, agora! E por isso elas não tinham dele a paciencia.
Penso: Somos todos essas tais crianças: eu quero, é meu, agora! Tantas coisas saem tao erradas por conta disso, por conta desse umbigocentrismo autista. Mas eu tenho um oceano para navegar e tão pouco tempo,
não posso ficar aos devaneios da minha mente que fervilha.
É hora de construir
É hora de construir
E até que a morte eu sinta chegando
Prossigo cantando, beijando o espaço
Além do cabelo que desembaraço
Invoco as águas a vir inundando
Pessoas e coisas que vão se arrastando
Do meu pensamento já podem lavar
Ah! no peixe de asas eu quero voar
Sair do oceano de tez poluída
Cantar um galope fechando a ferida
Que só cicatriza na beira do mar
É na beira do mar
Prossigo cantando, beijando o espaço
Além do cabelo que desembaraço
Invoco as águas a vir inundando
Pessoas e coisas que vão se arrastando
Do meu pensamento já podem lavar
Ah! no peixe de asas eu quero voar
Sair do oceano de tez poluída
Cantar um galope fechando a ferida
Que só cicatriza na beira do mar
É na beira do mar
Trecho de Beira-Mar / Ze Ramalho
Nem sempre nos dias de festa, mas no dia da batalha os amigos sempre lutam no mesmo lado!Que os Deuses e Deusas me emprestem o fio da espada e perfume da rosa. Hoje, agora e sempre!
Nem sempre nos dias de festa, mas no dia da batalha os amigos sempre lutam no mesmo lado!Que os Deuses e Deusas me emprestem o fio da espada e perfume da rosa. Hoje, agora e sempre!
03 julho 2011
Rememberes no frio

Gosto de dirigir neste tempo, de trabalhar neste tempo, de caminhar na rua neste tempo. Sentir o extremo do tempo no meu corpo.
Foi uma semana agitada, boa em alguns aspectos, por outros nem tanto; estimulante por uns e decepcionante por outros.
E sim, de correria com Moira, minha gata, que teve problemas gastrointestinais importantes e me deixou apreensivo. Graças aos Deuses ela está bem melhor (em breve posto fotos da monstrinha).
Agora estou eu cá no quentinho de meu escritório, já fiz minhas ilustrações do dia e meus roteiros. Por falar em roteiros, sometimes leio aqui o Mausoléu e vejo que eu não mais escrevo-o como antes, iricamente como antes. Sim, claro, tudo são fazes e ciclos e possivelmente vejo que possa vltar aqui ou ali a escrever daquele modo (ou não).
Os dias ficaram muito áridos, e as minhas inspirações ficaram para trás, num mundo perdido entre os afazeres do mundo real, as responsabilidade se os desencantos da vida. O fato é que as coisas estão ficando diferentes (não é de hoje). Sabe, ver a bundamolização da minha geração, do meu grupo de amigos (incluo aí eu mesmo, certamente) me entristece, me deixa descolorido.
Na faculdade acabei encontrando um conhecido dos meus tempos de moleque, de balada, de objetivos utópicos. A principio não o reconheci (nem ele a mim), mas certo dia conversando em um bar defronte a facul batendo papo, acabamos descobrindo que frequentávamos os mesmos locais e mesmos saraus e pistas de dança. Daí começamos a lembrar daqueles tempos, puxar duas décadas de rememberes, foi bem bacana...
Mas também me deixou boquiaberto de perceber quantas coisas deixei para trás, de sonhos, objetivos, convições etc.
Daí você me dirá: "Ah, mas isso é normal e esperado.".... É pode ser, pode ser normal, até comum, mas no meu ver não é sempre certo.
Coisas importantes e substanciais são deixadas para trás nesta brincadeira desatenta...
Sim, é normal,
mas nem sempre é certo,
e digo mais, nem sempre é o melhor.
Hoje escutei na madrugada Red Hot, esse clip é um sarro.
14 junho 2011
Entre o "talvez" e o "certamente"
Estou eu cá, nessa terra gelada que eu tanto gosto. De garôas geladas e ventos frios cortantes da "calada noite preta".
Muito tempo sem abrir as portas do Mausoléu, tudo empoeirado e rangendo. Mas não é assim que tem de ser um mausoléu?
Muito tempo sem abrir as portas do Mausoléu, tudo empoeirado e rangendo. Mas não é assim que tem de ser um mausoléu?
Neste meio tempo enfrentei alguns pesadelos em mi vida. A maioria de ordem saúde, minha e de meus queridos. Muita coisa nesse redemoinho, muitos objetos para se pegar com poucos tentáculos para fazê-lo.
Falando assim, liricamente, parece até que vivi aventuras tipo irmãos Green. Mas não se engane, foram dias cinzas, amargos mesmo. Mas, isso faz parte do pacote da vida, dias bons, bad days...
Em breve volto por cá, para melhor escrever,
por hora deixo a janela do Mausoléu aberta, para ventilar um pouco e retirar esse cheiro de guardado.
Fico aqui assim, entre o talvez e o certamente dos dias, trabalhando e aguardando por dias mais amenos, com jeito de Cora Coralina.
05 março 2011
A Velocidade dos Acontecimentos
Este início de ano tem sido muito feroz.
Quase sem tempo para fazer coisas frugais que costumava fazer.
Os editoriais se multiplicarm tanto que tomam quase todo meu dia. Mas isso é incrível, minha melhor parte, lidar com o processo criativo me excita. A equipe formada, uma gente incrível, cheia de gás e sonhos. E muitos mais vão chegar. Essa confiança que aplicaram em mim, farei de tudo para nunca deixar a desejar. Confiança, aliás, confiança, um produto dourado.
Estou me reajustando, pois por muitos anos fiz um trabalho solitário de ilustração e redação, na minha mesa eu e minha tela. Agora são muitas pessoas, a maioria jovens talentos, são muito critivos e capazes, mas precisam de direcionamento, técnica.
Sem contar com a faculdade que exige de mim um esforço a mais, mas que também estou me deliciando.
Desculpem-me, todos que chegam aqui e não leem mais textos novos com frequencia, são meus dias que me preenchem.
pero, luego, volverei.
Luz e Paz a todos, com muitas coisas boas acontecendo em seus dias e muita gente bacana a sua volta.
02 fevereiro 2011
Meu velho
Hoje faz um ano que tu iniciou uma nova existência, meu pai.
Grande amigo, companheiro e meu exemplo maior de integridade e sobriedade.
.
Tu que me apontaste as artes, me apresentaste à literatura,
me fez um homem digno e de caráter.
.
Hoje lhes faço minha reverência, através do trabalho e do
respeito às nossas convicções. A cada dia mais te vejo em mim.
Te mantenho vivo no meu respirar.
.
Meu querido velho,
algum dia nos reencontraremos nas bibliotecas do Universo.
30 janeiro 2011
Frouxos de Caráter, Afastai-vos
Por conta de coisas me ocorreram este mês estive pensando sobre como a insegurança faz da gente pessoas piores e como origina feiura interior em todos nós.
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A insegurança produz um série de subprodutos fedorentos dependendo dos ingredientes que cada um abriga dentro da parte mais escura de suas entranhas.
Não há nada pior que alguém inseguro e frouxo de personalidade por perto, estas causam mais problemas que as pessoas de natureza perversa.
.
por exemplo, para algumas pessoas a insegurança se apresenta sob o disfarce do temperamento violento e agressivo, para outras traz arrogância, outras, subserviência, outras a timidez ou introspecção, já outras expansividade e tagarelice, outras posturas de desdém e jactância, para outras trazem egoísmo ou inveja. O coitadinho, o aparecidinho, o covarde, o malediscente, o castrador-repressor, o moralista, o pudico, o super-protetor, o sabichão, todos inseguros ao extremo.
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Mas afinal de contas de onde vem a insegurança? simples, da VAIDADE.
Um tímido nada mais é que uma pessoa extremamente vaidosa, o egoísta, o arrogante, o violento e agressivo, o sabereto, estas pessoas não cabem em si dentro de sua vaidade imperiosa.
.
Ôbèron, acaulelai-vos de sua vaidade e percebe como ela se expressa em ti.
18 novembro 2010
Time off
Muitas coisas ocorreram nas últimas semanas.
Coisas essas que me levaram a uma tristeza profunda, uma desilusão cortante.
Vejo que errei em coisas fundamentais. Me equivoquei.
O ajuste disso será penoso e possivelmente incorrerá em perdas importantes.
Me sinto mau por saber que falhei em coisas importantes, magoei pessoas. Errou-se também, certamente, mas o importante é o que tem origem em mim, isso faz a diferença, e não se justifica pelo que acontece "lá fora".
Acho que é hora de eu me recolher. Estou cansado, exausto de alma, preciso me recompor. Aguardar fechar as feridas. Aguardar o tempo da cura.
11 setembro 2010
De Volta

Mas agora não é mais assim, raramente me aventuro na cozinha. Todavia esta manhã as panelas e batedeiras sentiram minha fúria e executei algumas aventuras e desventuras por lá. Dentre estas uma bela (e deliciosa) torta de morangos.
Bem, deixando os assuntos culinários hora de lado, estou de volta a Sampa, para concluir meus projetos editorais. Que não são poucos e não são pequenos. Serão várias noites diante das pranchetas e do computador. Muita tinta salpicando pra lá e pra cá (para quem sempre me ouve falar dos meus trabalhos e nunca os viu, até pelo motivo de raras as vezes tê-los mostrado, quem quiser ver alguns neste endereço ,pode-se observá-los).
Deixe-me desligar o note que a bateria está no fim e eu perco este post.
Hasta pronto.
05 setembro 2010
Ondas noturnas
Estar no mar a noite é algo tão bom para mim. Sentir nos pés e no corpo as frias ondas noturnas. Ouvir o rugido do oceano na escuridão que funde o horizonte ao negro céu.
Isso é algo que me alimenta e me leva além de mim.
Esta noite é uma noite muito importante para minha vida. Nesta, possivelmente, muita coisa acontecerá e disso muito se alterará.
Talvez, quem sabe, por muito tempo este Mausoléu não me verá presente.... ou o contrário.
21 agosto 2010
cade la tranquilidad que deixei aqui?

Apesar de todo esse trabalho nem dei as caras lá. Gosto da Bienal, mas esse ano estava meio no limite, não estava a fim de esse mundo de gente, desse evento gigantesco. Aliás aqui em Sampa é assim tudo gigantesco, as vezes me dá um negócio em relação a isso, dessa megalomania. Tem uma parte (importante) de mim que gosta de reclusão, necessita; precisa de silêncio e de coisas modestas. E aqui pouco se encontra disso.
.
Agora é madrugada, três horas, daqui da janela posso ver luzes nas janelas de prédios longe. Há pessoas nestes apartamentos, pensando, sentindo, felizes, preocupadas, com raiva ou fazendo amor.
Daqui vejo um edifício que há somente uma luz ligada. Está bem distante. Que será que está fazendo quem lá está? Será que um dia meu caminho irá cruzar com o dessa pessoa? ver seus olhos?
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Na Band Vale está tocando Roxette, aff, faz teeempo.
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Tenho muito material para produzir até segunda feira. Gosto muito do que faço, escrever é minha atividade preferida, graças aos Deuses a vida me levou para esse caminho. Passei boa parte do ano passado ilustrando livros e revistas, gosto muito também, mas o que me dá mais prazer é realmente escrever. Seja realidade dos jornais e revistas, seja ficção dos livros. Me faz melhor, me decodifica, me saneia, me conduz por um caminho a qual sou mais completo e dou passos mais firmes, mais seguros. Me reconheço.
.
Nos próximos três anos pretendo me dedicar mais e mais a isso, negligenciei demais meus amores. Abri mão de mim quando jamais deveria tê-lo feito. As coisas estão se encaminhando naturalmente para isso, para a correção. Vou seguir o caminho que me está sendo apresentado, aliás, que muito me agrada. Parece-me que depois de muitos anos as coisas estão voltando a sua originalidade.
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Agora toca Tony Bennett, me deu vontade de viajar, ...vai entender.
Fico pensando, deve haver pessoas trabalhando agora na madruga nessa rádio, quando era mais garoto sonhava em trabalhar numa rádio, crê? Essa rádio está localizada em São José dos Campos/SP, essa tar de interneta viabilizou coisas bem interessantes mesmo. Eu gosto de escrever ouvindo esssa rádio quando varando a noite.
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Aconteceu algumas coisas essa semana que me deixaram com um pouco de raiva no coração, isso não é comum de acontecer, preciso tirar isso do peito.
Não sei se consigo escrever sobre isso.
Estou procurando a paz aqui no meio da madrugada, o equilibrio, mas creio que não estou conseguindo encontrar o vêio. Minha mente está trabalhando muito rápido, pensamentos em turbilhão. Tem um pedaço de mim que está agoniado, eu vejo. Queria um sorriso, uma conversa à toa.
Estou procurando a paz aqui no meio da madrugada, o equilibrio, mas creio que não estou conseguindo encontrar o vêio. Minha mente está trabalhando muito rápido, pensamentos em turbilhão. Tem um pedaço de mim que está agoniado, eu vejo. Queria um sorriso, uma conversa à toa.
Acho que vou sair um pouco. Preciso achar o ponto exato disso, não gosto de estender problemas, dilemas. Coisas pequenas viram coisas grandes quando a gente não desembola logo.
.
agora La Barca, Moira vem dançar comigo. Ma tu dormiu?
.
vida linda, vida louca.
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