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28 maio 2023

Sopra o Vento como outrora

 Eu te senti hoje. Depois de tanto tempo vens se mostrando para mim pela noite, pelos caminhos. 


É inconfundível para mim a forma como assopra na madrugada, como mexe as árvores e as folhas no chão, para muitos dizer isso é insólito, mas é assim que é, eu te sinto e te vejo nas lufadas de vento na noite, sempre foi assim.


Escuto seu canto e seu sussurro; sinto seu aroma, seu perfume. Estás por perto, queres dizer algo, eu sei. Vou tentar escutar. Abrirei os ouvidas da alma para tornar inteligíveis os sinais.


Você me faz sentir-me Ôbèron novamente, este que se perdeu em algum ponto da trilha  escura que fiz caminho em minha vida, ele está lá, onde soltamos as mãos, aguardando, perdido como eu, nessa caminhada. Talvez, quem sabe, até nos reencontremos. Ele, indubitável, deve estar diferente; eu estou e porque raios ele não estaria. Mas quem sabe nos abracemos, talvez ele me estapeie, um tapa seco, com um misto de raiva e felicidade de reencontro.


As arvores estão balançando seus galhos, sim, você está chegando.


Eu não sei mais para que cardinal  está o Mausoléu. Foram muitas curvas, quedas, ribanceiras, montes escarpados, ladeiras e becos. O itinerário se foi. ... Mas quem sabe, e eu disse "quem sabe", você me aponte o caminho até ele.


Talvez não tenha mais a chave para entrar, mas com toda certeza será uma emoção vê-lo, ainda que de fora.


Mas, você está chegando, e tudo pode acontecer. Eu posso te sentir. 

Se fechar os olhos agora, é bem capaz de te ver.


Você me tira das conversas sem sentido e valor, das pessoas vazias, do vazio de propósitos, no mau-conselho, da detração (você me ensinou a não aplicar um minuto da minha vida com detratores), Você me traz a arte, a arte que eu permito que me salve todos os dias desse abismo cinza do coletivo humano. Você resgata minh'alma desse poço  de alcatrão que é a vaidade  e o ego, como um André Luís em meu umbral pessoal.


Quando conversávamos nas infindas madrugadas, meu filho ainda não estava nesse mundo (ou estava), ainda não era (não como agora, ao menos).


Ele também tem o talento, eu percebo. Que ele siga seu próprio caminho, que desvende como o seu talento se fará vivo em si. Será um privilégio assistir isso, se o Universo me conceder essa honraria.


Você está aqui.


Escuto Daniel Pemberton

10 setembro 2012

Coisas que tiram-me de mim

Há certas coisas que deixam a gente desestimulado, mas daquele jeito a qual você se pergunta "que diabos está fazendo no mundo" e no que crê que está fazendo.
Uma delas cada vez que me lembro me questiono que raios eu estou a me matar para ser uma pessoa melhor e mais conhecedora da nossa língua-mater.
Sabes do que falo? não? É esse "tapa na cara" de o Sr douto Ronaldinho Gaúcho ter ganho a mais alta comenda da Academia Brasileira de Letras, a comenda Machado de Assis (?!?!?!?!?!), como assim? honraria estendida a quem muito faz por nossa língua e nossa cultura.
Não, vocês estão de brincadeira.... É por isso que "essa casa tá caindo".
Essas coisas mexem com o interior desse caboclo editor e redator.


Sei que não tem "nada acver" (como diria o sr Quevedo), mas hoje, pela madrugada, acordei lembrando dessa música (essa do link), dessa letra (Pas Sans Toi). Encontrei na voz da interprete Lara Fabian para postar aqui. Ficou bacaninha a versão, diga-se. Essa letra é muito especial para mim, me reporta um momento muito intenso da minha vida.

28 outubro 2011

Lembranças

Em 1999 havia uma música que tocava nas rádios populares que eu gostava muito, muito mesmo, de um grupo chamado Harmadilha, se chamava Tempestade.

Não sei porque eu lembrei dela hoje, cada acorde, cada estrofe, cada palavra. Peguei o violão e tentei puxar ela; é, consegui quase toda (tenho de treinar mais).

Certos cheiros, certos tons de sol, certas músicas lembram coisas. Lembram coisas, lembram olhares, toques, alegrias e tristezas, vitórias e derrotas, lembram momentos simples e frugais, mas que ficaram marcados, por algum motivo, na lembrança.