17 dezembro 2011

TOC do "Curtiu" e "Compartilhou"

O sedentarismo do ativismo me assusta. Com o advento das tais redes sociais o sentimento de indignação passou a ser motivador de ações aparentes, de atitudes ilusórias. E isso me assusta.

Eu vejo que as pessoas se convencem mesmo que estão fazendo algo de verdade, repassando links disso e daquilo como se fosse pastelaria.

Nada mais me assuta: o cara se diz um cidadão ativo e consciente. Daí você pergunta para o distinto o que ele fez ultimamente quanto a isso. E ele: - Ah, só hoje eu "compartilhei" dez vezes e "curti" umas quinze ações cidadãs (?!?!?!?!?!?)

Sim, José, são momentos bicudos.

Ele redirecionou ultimamente 20 vezes sobre o caso do cachorrinho morto a pancadas (ok,ok, ponto positivo pra ele, isso é algo ignóbil mesmo), daí vc pergunta o que ele fez em relação às milhares de crianças que morrem de fome todos os dias no mundo, ou sobre os milhares de cães que são eutanaziados nos CCZs Brasil à fora, ou sobre inúmeros patrícios que morrem todos os dias às portas dos nossos lindos "hospitais-favelas". E ele? *Silêncio*.

Ah! Esqueci! não havia nada sobre isso para ele "curtir" ou repassar sem pensar em nada.

É torcer para algo diferente acontecer e ele ter a oportunidade de ver o que ocorre lá fora no mundo de verdade. Hope.

E viva à superficialização e virtualização da solidariedade.

Estamos vivendo um remake das etapas da Antropologia às avessas. Quando a antropologia surgiu como ciência essa diciplina era teórica, de gabinete. Daí veio o Pessoal da Escola funcionalista e "foi pra rua", romper com a distância e com a teorização, depois os Extruturalista vieram e aprofundaram esse processo.

Agora com Googleralização da busca de informação e a Facebookização e Twitteralização das ações retrocedemos feio e velozmente, e estamos vendo o mundo pelos olhos do Grande Oráculo e trocamos nossos braços e pernas pela cria do Zuckerberg, vidrados e embasbacados que estamos diante da telinha do iphone.

*suspiro"

16 dezembro 2011

Pedaços

"Dos momentos inesquecíveis, parece-me, já esqueceste todos."

Essa tarde parada, eu sentado a cadeira,
faço minha mente atravessar um universo e chego
mais perto de você; Ainda que não a alcance.


Muitos sonhos despedaçados, e são os únicos
fragmentos que ainda tem alguma forma reconhecível
do que eu fui e do que eu desejei ser naquele dia.


Do futuro eu nada sei ou aguardo,
só espero esta tarde passar,
sentado a cadeira,
atravessando um universo.

Elas estão chegando

Quem me conhece sabe que uma das coisas as quais mais abomino (desde tenra idade) são as retorspectivas do ano.
E chegou a temporada enfadonha onde elas me atacam de todos os cantos. Em casa, no trabalho, nos velórios, nos clubes, em todo lugar.
Só de ver o anúncio das retrospectivas, essa nulidade, já me ataca a psora. Me dá rinite alérgica, incontinência verborrágica, me altera o castanho dos meus olhos.
Sim, eu estou irritadiço (como diria minha amiga Eleonora) este final de ano, e ficarei mais quando o Sergio Chapelin aparecer anunciando a retrospectiva de 2011.
O que me deixa tão irritado quanto? ouvir Adele. Sim, eu sei, é a queridinha do momento e canta estupidamente bem, boa interpretação, é quase bonita, sim. Mas me irrita ouví-la em todo lugar a todo momento, fazer o quê?
Adele me irrita, Retrospectiva me irrita, Michel Teló me irrita, Fátima Bernardes me irrita, Malu Magalhães me irrita, Facebook me irrita, solados vermelhos a la Louboutin da 25, pessoas repassando e repassando links sem saber sequer do que se trata, gente desesperada por ibope na web, hálito de cerveja, caloraço e irritados me irritam.
Acho que o sinal da idade que chega vai ficando dia-a-dia mais notório. ....E isso me irrita.

07 dezembro 2011

Desventuras? Eu quero um Combo!

Daqui da altura do telhado do Mausoléu (de onde se tem vertigens acachapantes olhando-se para baixo) eu posso ver pessoínhas lá embaixo fingindo ser felizes com a receitinha de bolo dos outros. Parecem, no meu entendimento, desejar aparentarem viver num eterno comercial de cerveja skol, rindo embasbacadamente, rastejando-se por um caminho manjado e fabricado por verdades cenográficas de alto-astral tipo praia, samba, álcool, bunda, sol e churrasco.
O Bom Jesúis sabe que eu tentei sempre ser tolerante com as pessoas que fazer o tipo "alegrinho(a)-superficial", mas muitas vezes, confesso, não "logrei êxito". Nem sempre o cidadão está zen o suficente para ouvir coisas do tipo "Uhú! sexta-feira! fechô seizóra! vamu escutar calcinha preta (?!?!?!) no Zé Leite!!" enquanto você tenta desenvolver uma ação solidária coletiva num orfanato.
É claro, ninguém é obrigado a ser o "engajadinho mala", lóbiviu (com o diria meu sobrinho), mas tudo na bitola. Nem mais, nem menos.

E quando o mesmo declara para você num volume de voz que mais parece que estás numa sala 10 metros distante: "Peixe, vamu pro Zé leite? lá tem uma vaca-atolada do diabo!"

Que é do diabo eu não levanto polêmica, mas logo após meus tímpanos voltarem a um nível de funcional ao menos metade do anterior eu realmente gostaria de discutir a real satisfação de curtir uma vaca-atolada a 30º C de verão tropical com pessoas ululantes, escutando uma música, digamos, diferenciada (como diria Mr Tucano). Well, gostos são gostos e yo nada tenho akver com isso.

Caminho rumo ao meu santuário de descando e ao chegar, qual a supresa? Os mais novos vizinhos tinham produzido uma festinha (um rala-bucho) que transbordava para a rua. Tocando, para deleite do meu pavilhão auditivo, pérolas do cancioneiro das altas latitudes brasileiras. Abri o portão da garagem já me sentindo em algum pancadão de Belém. imaginava que a qualquer momento um ximbinha iria me abordar e me dar alguma punhalada final na minha alma.

entro em casa, tento me desentoxicar disso tudo, colocando dois xumaços de algodão no ouvido e clamando socorro a um martini gelado. Mas quando abro meu email.... ... ....é minha editora solicitando para eu fazer uma boa reportagem de um suposto notório grupo de forró, ou tecno-brega, ou pagode, ou axé, ou funk, ou sertanejo, ou macarena, ou lambada, ou macuco universitário, ou algo assim (!!!!!!!!!!!!!)

daí o cidadão se sente na obrigação de sofrer uma embolia.

são dias difíceis...

é o 2012 chegando, é a primavera árabe, o armagedon, o kaly-yuga, o purgatório na Terra, ou algo assim.

29 outubro 2011

Fugas proparoxítonas

Fugindo das atitudes sórdidas,
e pensamentos fúnebres.
Colecionando resultados pífios,
presenciando posturas líquidas,
e tendo reações ígneas.
Acreditando em conquistas sólidas.
.
Observando mulheres tímidas,
e tocando fêmeas intrépidas.
Penso em fugas etílicas,
causando demandas piroclásticas,
tenho falas solícitas,
e gestos harmônicos.
Gerando fronteiras flácidas,
de derrotadas sociedades típicas,
e movimentos biômicos.
.
permaneço fugindo das soluções cítricas,
e dos finais incômodos.



Éder

28 outubro 2011

Lembranças

Em 1999 havia uma música que tocava nas rádios populares que eu gostava muito, muito mesmo, de um grupo chamado Harmadilha, se chamava Tempestade.

Não sei porque eu lembrei dela hoje, cada acorde, cada estrofe, cada palavra. Peguei o violão e tentei puxar ela; é, consegui quase toda (tenho de treinar mais).

Certos cheiros, certos tons de sol, certas músicas lembram coisas. Lembram coisas, lembram olhares, toques, alegrias e tristezas, vitórias e derrotas, lembram momentos simples e frugais, mas que ficaram marcados, por algum motivo, na lembrança.

20 outubro 2011

Dias de beleza e dificuldades

Hoje, fisicamente, não estou muito bem. Sinto que emagreci um pouco. São dias difíceis.


Mas fiz um pouco de esforço para pintar a janela de minha mãe. Já fazia um tempo havera prometido executar essa tarefa. Pois bem, assim o fiz. Estou satisfeito, me sinto em dia com minha palavra. Para minha pessoa isso é da mais profunda importância.


Apesar de algumas dificuldades que venho enfrentando, também devo dizer que ando tendo muitos prazeres, muita satisfação com uma variedade de coisas.


Uma das coisas que mais me deu plenitude (e trabalho também) ultimamente, foi a celebração do dia das crianças que ocorreu no campus de minha faculdade para crianças desassistidas em seus direitos mais básicos. Ter conseguido mobilizar a maior parte da faculdade, ter integrado cursos, alunos e professores, sociedade e adm da facul em torno de uma causa foi algo muito feliz.


Fazer uma alinhavo entre todos os núcleos assitenciais sociais da região e a faculdade foi algo que algumas vezes duvidei que conseguiria, mas uma vez concretizado na frente de meus olhos naquele dia, tanta felicidade (de adultos e crianças) foi sensacional.


Pareceu-me que, por um instante, em meio a tantas coisas erradas que tenho feito, isso fora algo a qual havia obtido acerto. Tinha feito algo certo.


E ver que isso poderá ser um ponto inicial para outras ações positivas futuras, me enche o coração de felicidade. Imagens aqui.


Ter conhecido pessoas incríveis no interim entre o organizar e o realizar (pessoas estas que jamais teria outra oportunidade de conhecer) foi uma oportunidade ímpar. Gente que foi fundamental nesse processo, que sem elas nada teria ocorrido como ocorreu, com a beleza que ocorreu.


Cada minuto de empenho valeu a pena, e mais.

Poder ver a beleza das coisas que a ação de todos podem realizar, faz nos esquecer por um breve instante como podemos ser feios e repulsivos de alma e como nos orgulhamos de sermos vís.


Pena que a vida é tão rápida, ....às vezes, mais do que esperamos. Temos de fazer isso tudo valer a pena, em cada dia, em cada ocasião. Jamais sabemos quando será a última oportunidade de fazer algo realmente bom, que faça a diferença.


Então que eu faça agora algo de bom.


Que os Deuses e Deusas me permitam e ajudem a exorcizar, de vez, o espírito acinzentado da procrastinação. Não tenho tempo mais para isso.

08 agosto 2011

Exatamente neste momento

Neste exato momento uma mulher está sofrendo violências em sua própria casa por seu próprio marido.

Neste instante uma paineira, uma canela ou um jacarandá secular está caindo ao chão para serem produzidas algumas poucas belas cadeiras.

Exatamente agora um cidadão está morrendo em algum hospital desse país por falta de atendimento.

Nesse instante um uma crinaça está sofrendo sevícias com a conivência de seus familiares.

Neste exato momento um jovem está morrendo por overdose.

Agora mesmo uma mulher está dando à luz a uma linda criança.

Neste exato momento um casal está fazendo sexo intensamente.

Nesse momento uma criança está tendo dificuldades para fazer suas tarefas de escola.

Neste instante um arrimo de familia está sendo morto por um vagabundo em busca de quatro reais para comprar uma pedra de crack.

Agora mesmo uma pessoa acaba de ser atropelada.

Neste momento um atleta está chegando ao seu limite em busca de bater seu melhor desempenho.

Agora mesmo uma jovem está dando um lindo e imenso sorriso por conta de uma piada ouvida.

Exatamente agora um advogado está libertando um homem que foi preso injustamente.

Nesse instante, em algum local do mundo, cidadãos estão em passeata por um mundo melhor.

Neste momento uma mãe amamenta seu filho.

Neste instante o relógio girou o ponteiro e marcou mais um momento de sua vida que passou.


justamente agora.

Right Now!

E você, o que está fazendo examente agora (ou acha que deveria estar fazendo)?

03 agosto 2011

Prossigo cantando, beijando o espaço

Hoje, caminhando pelo estacionamento de um hiperemarcado fiquei observando alguns pardais que tomavam banho numa bacia de areia que possivelmente se formou por ação das chuvas. Sentei no portamalas aberto do carro e me perdi a fitar a cena. Dado momento um ou dois pardais levantaram voo até uma árvore avizinhada. Lá permaneceram e eu no meu voyerismo os fazia presença.


Mas observando bem, veio, assim de arroubo uma lembrança, a lembrança de quando aquela árvore era pequeninha, iniciante na jornada da vida por ali. Mas fazia tão pouco tempo, e era tão mirrudinha. De arrasto me veio outras lembranças enlaçadas a essa, a do murro defronte pintado, uma cumeeira de casa próxima não mais vista pela chegada de uma construção mais alta e outras tantas lembranças. Tudo tão recente, mas tão distante.


Me pus a pensar na temporaneidade das coisas, como tudo por aqui é momentâneo e célere. Tudo tão passageiro. Incluindo-se nisso nós mesmos.


Passamos por aqui tão rapidamente, male-male temos tempo de amar.
de respirar, de agradecer, de sorrir tranquilamente,
de auxiliar, de construir, de compreender.


Me lembrei do filme de Peter Pan, o capitão gancho falando das crianças que se resumem em poucas frases: eu quero, eu quero, eu quero! é meu, é meu, é meu! agora, agora, agora! E por isso elas não tinham dele a paciencia.


Penso: Somos todos essas tais crianças: eu quero, é meu, agora! Tantas coisas saem tao erradas por conta disso, por conta desse umbigocentrismo autista. Mas eu tenho um oceano para navegar e tão pouco tempo,


não posso ficar aos devaneios da minha mente que fervilha.
É hora de construir


E até que a morte eu sinta chegando
Prossigo cantando, beijando o espaço
Além do cabelo que desembaraço
Invoco as águas a vir inundando
Pessoas e coisas que vão se arrastando
Do meu pensamento já podem lavar
Ah! no peixe de asas eu quero voar
Sair do oceano de tez poluída
Cantar um galope fechando a ferida
Que só cicatriza na beira do mar
É na beira do mar


Trecho de Beira-Mar / Ze Ramalho
Nem sempre nos dias de festa, mas no dia da batalha os amigos sempre lutam no mesmo lado!Que os Deuses e Deusas me emprestem o fio da espada e perfume da rosa. Hoje, agora e sempre!

03 julho 2011

Rememberes no frio

Aqui nesta terra de Piratininga ainda faz frio, garôa e venta gelado. Não Posso dizer que isso me incomoda, pois os que me conhecem sabem que eu me alimento desse clima, desse espírito da Terra.




Gosto de dirigir neste tempo, de trabalhar neste tempo, de caminhar na rua neste tempo. Sentir o extremo do tempo no meu corpo.




Foi uma semana agitada, boa em alguns aspectos, por outros nem tanto; estimulante por uns e decepcionante por outros.




E sim, de correria com Moira, minha gata, que teve problemas gastrointestinais importantes e me deixou apreensivo. Graças aos Deuses ela está bem melhor (em breve posto fotos da monstrinha).




Agora estou eu cá no quentinho de meu escritório, já fiz minhas ilustrações do dia e meus roteiros. Por falar em roteiros, sometimes leio aqui o Mausoléu e vejo que eu não mais escrevo-o como antes, iricamente como antes. Sim, claro, tudo são fazes e ciclos e possivelmente vejo que possa vltar aqui ou ali a escrever daquele modo (ou não).


Os dias ficaram muito áridos, e as minhas inspirações ficaram para trás, num mundo perdido entre os afazeres do mundo real, as responsabilidade se os desencantos da vida. O fato é que as coisas estão ficando diferentes (não é de hoje). Sabe, ver a bundamolização da minha geração, do meu grupo de amigos (incluo aí eu mesmo, certamente) me entristece, me deixa descolorido.




Na faculdade acabei encontrando um conhecido dos meus tempos de moleque, de balada, de objetivos utópicos. A principio não o reconheci (nem ele a mim), mas certo dia conversando em um bar defronte a facul batendo papo, acabamos descobrindo que frequentávamos os mesmos locais e mesmos saraus e pistas de dança. Daí começamos a lembrar daqueles tempos, puxar duas décadas de rememberes, foi bem bacana...


Mas também me deixou boquiaberto de perceber quantas coisas deixei para trás, de sonhos, objetivos, convições etc.


Daí você me dirá: "Ah, mas isso é normal e esperado.".... É pode ser, pode ser normal, até comum, mas no meu ver não é sempre certo.




Coisas importantes e substanciais são deixadas para trás nesta brincadeira desatenta...


Sim, é normal,


mas nem sempre é certo,


e digo mais, nem sempre é o melhor.

Hoje escutei na madrugada Red Hot, esse clip é um sarro.






14 junho 2011

Entre o "talvez" e o "certamente"

Estou eu cá, nessa terra gelada que eu tanto gosto. De garôas geladas e ventos frios cortantes da "calada noite preta".

Muito tempo sem abrir as portas do Mausoléu, tudo empoeirado e rangendo. Mas não é assim que tem de ser um mausoléu?


Neste meio tempo enfrentei alguns pesadelos em mi vida. A maioria de ordem saúde, minha e de meus queridos. Muita coisa nesse redemoinho, muitos objetos para se pegar com poucos tentáculos para fazê-lo.


Falando assim, liricamente, parece até que vivi aventuras tipo irmãos Green. Mas não se engane, foram dias cinzas, amargos mesmo. Mas, isso faz parte do pacote da vida, dias bons, bad days...


Em breve volto por cá, para melhor escrever,

por hora deixo a janela do Mausoléu aberta, para ventilar um pouco e retirar esse cheiro de guardado.


Fico aqui assim, entre o talvez e o certamente dos dias, trabalhando e aguardando por dias mais amenos, com jeito de Cora Coralina.

25 março 2011

Gato sem dono

Aqui escrevo,
num desaforo poético,
para que, num esforço ínfimo,
tu ignores sem préstimos.

- Ôbèron -
.
Gato sem dono
.
Sou gato sem dono,
o telhado, meu trono.
De orelha roída
e unha crescida.
Eu sou assim.
.
Não quero seu colo,
Sou bicho vadio,
sem protocolo.
Meu peito é sadio
meu jeito, arredio.
Por seu aconchego
eu não imploro.
.
Nada mais quero:
só meu espaço,
As linhas dos muros,
as latas de aço,
as gaiolas abertas.
Não seu abraço.
.
Sou gato sem dono,
eu sou assim.

20 março 2011

Dias intensos

Depois de algums dias numa linda ilha no litoral do Paraná (alguns deles a contra gosto, pois estava isolado por conta das chuvas e não podia voltar) estou cá em Sampa.
Lugar lindo, onde sentimos a Terra viva, pulsante e pujante, se precipitando em seu poder e beleza genuína. Assim é onde estava. Os vilarejos de epscadores, os velhos faróis, as grutas, as pedras, a arrebentação, o povo local, a gente que chegava. Tudo perfeitamente ajustado como numa produção de cinema.
Foram dias especiais, com pessoas especiais, onde jamais esquecerei. A beleza, o amor, a alegria.
Estou triste pelo povo de Paranaguá, no Paraná que está sofrendo muito por conta dos dias de tormenta (literalmente falando) e por tantos mortos e desabrigados. E igualmente triste pelo povo do Japão, que sofreu e sofre muito e pode vir a sofrer muito mais por muito tempo. Que os Deuses e Deusas olhem por eles todos.

12 março 2011

De Vacancia

Estou eu cá de vacancia, na Ilha do Mel, em Paranaguá, PR.
Faz tempo que necessitava de algo assim. Praias desertas, vilarejo a beia-mar. Só curtindo o descanso, a harmonia da natureza.

Hoje está chovndo muito aqui. Houve deslizamentos de terra e queda de pontes em Curitiba e Paranaguá. Vamos ver a volta para Sampa como será, mas isso eu penso amanhã.


Não e meu nipe a praia, mas aqui, devo dizer é paradisíaco.
Quando chegar em casa posto fotos.