Se eu mostrar-lhe meus labirintos interiores, desejará trilhar por seus incertos e confusos caminhos para chegar no cerne de meu coração? Digo-lhe, amor meu, valerá cada passo ao final da viagem.
29 julho 2012
17 julho 2012
Reencontro com Alexandre e seu companheiro Bucéfalo
Hoje, no frio desse dia, me deparei com Alexandre e seu companehiro Bucéfalo, grande emoção. Esses dois foram protagonistas de um dos meus melhores momentos nos últimos anos. Daqueles momentos que fazem as cortinas da ilusão das aparencias se abrirem.
Nos próximos dias descrevo o que rendeu esse reencontro.
Segue link desse post tão marcante de 16/02/2010:
Alexandre, um andarilho surpreendente, Bucéfalo seu companheiro, um lindo gato tigrado.
Tudo realidade, por mais ficcional que possa parecer...
17 abril 2012
Assoberbado
Ausente faz um bom tempo aqui do Mausoléu,
são muitas tarefas ultimamente e anda me absorvendo muito, trabalhando dia e noite. Preparações para a Bienal do Livro. Mas buscarei mais tempo para publicar posts aqui,
às vezes penso em abandonar o Mausoléu, mas já são quase dez anos, não dá pra pensar em naão escrever quando der vontade por aqui.
Em breve haverá mudanças, e novidades: em junho publicarei uma compilação das crônicas deste e do velho Mausoléu dos Desvairados, e novos contos, alguns em quadrinhos. Sairá em versão impressa e e-book. Quando tiver mais próximo informo detalhes.
Publicação Mausoléu dos Desvairados, a sair em junho, uma curtição fazê-lo.
23 março 2012
Dos livros que li
Este ano se tudo continuar como camnha devo atingir a marca de 3 mil livros lidos, bem lidos e absorvidos; bem como chegar a 100 livros escritos. Para alguns, à priori pode parecer números altos, mas para um editor é média.
Para um leitor comum certamente é, visto que a média de um bom leitor é de 500 na minha idade. Além do livro ser caro no país se guarda o estigma de quem lê mais de dois livros no mês, ou é rico ou não tem mais nada o que fazer, não tem vida social. Triste mentalidade.
Além de ser editor, claro, conta o fato de eu ter crescido em meio a uma rasoável biblioteca, compendiada por meu pai, um amante da literatura. Aos 16 ou 18 já tinha lido mais de 400 livros. E obras de Proust, Socrates, Platão, Engels, Kafka, Machado de Assis, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Eça de Queiroz, Neruda, Malinowsky, Jung e outros não eram estranhas para mim.
É interessante como isso hoje tomou uma importância diminuta dentro de mim. Claro, eu sei do tesouro que é isso dentro de minha alma, entretanto é tão insignificante quando se observa o ouro do mundo, o interior das pessoas, o universo inteiro que é um ser humano, que todo esse arsenal de conhecimento se simplifica e perde o brilho de metal precioso.
Vejo tantas pessoas se engalanando pelo fato de ter lido Levi Strauss, ou Ivanov, ou Wilde, ou Boff, ou sei lá o quê. Quanta vaidade vazia, despropositada.
Leituras sem vivências é conhecimento morto, que não se transforma em sabedoria. Das pessoas que conheci as mais interessantes, profundas, sábias, criativas eram as mais simples e desprovidas de bagagem catedrática.
Hoje sou responsável direto pela edição de dezenas de livros por ano, e ainda bem, é uma lista eclética de literatura, quase isenta de preconceitos (digo quase pois nunca estamo slivre disso, ainda que nos esforcemos).
Aqui rendo minha homenagem aos simples, aos tranquilos, não empossados nos tronos da vaidade dos que se entendem à parte da "sociedade diminuta".
25 fevereiro 2012
tarde
Das tristezas que viveu,
fez um sanduiche e comeu.
fez um sanduiche e comeu.
Se para nos proteger machucamos os outros, com palavras fustigantes, e com isso nos engalanamos, nos orgulhamos e envaidecemos na mentira da força, ainda que tenhamos destuido com isso coisas importantes, então sinto muito, eu não faço parte disso.
"Há palavras em nós. Palavras vivas e palavras mortas. Palavras pulsantes e inertes. Palavras que brotam ou minguam. Palavras que vão e que ficam. Ou palavras que por vezes sangram... sem estancar." (FFF)
07 fevereiro 2012
Gato Judiado
Da janela eu vejo o felino
Lambendo seu pêlo
tratando com zêlo
como bailarino
seu casaco feupudo
trepado no murro
silencio, ele é mudo?
de olhar muito duro
nao dá um miado
tirou-lhe doçura
a vida cruel
se tivesse ficado
longe da agrura
um dono fiel
tivesse encontrado
seria ele ainda
mas uma diferença
se perceberia
mudança mais linda
por dentro seria
confiança e crença
em amor e ternura.
Lambendo seu pêlo
tratando com zêlo
como bailarino
seu casaco feupudo
trepado no murro
silencio, ele é mudo?
de olhar muito duro
nao dá um miado
tirou-lhe doçura
a vida cruel
se tivesse ficado
longe da agrura
um dono fiel
tivesse encontrado
seria ele ainda
mas uma diferença
se perceberia
mudança mais linda
por dentro seria
confiança e crença
em amor e ternura.
28 janeiro 2012
Roubo, mato e estupro pq sou revolucionário

Seus vizinhos agora apoiam o ladrão e acuam a vitima do roubo. Por quê? porque todos nós nos tornamos ladrões miseráveis e caras-de-pau. Somos contra a lei anti-pirataria, acobertando e leniando o ladrão pois isso nos é conveniente, podemos continuar roubando como ratos o alimento na noite dos caminhos. Roubando músicas, filmes, literatura, tudo, tudo, roubando músicos, intérpretes, compositores, escritores, ilustradores, programadores, autores e artistas de toda sorte... o negócio é roubar. Somos ladrões fedorentos e coniventes com o estupro de artistas e criadores de toda ordem por toda a esfera planetária, sedentos que somos por roubar também o que é direito do criador, do trabalhador, do operário da arte, sob a desculpa que temos de lesar a grande indústria manipuladora e capitalista. Mas na verdade só lesamos de fato o artista, que criou algo e vive do direito autoral e não receberá por ele.
Agora, eu, artista, não tenho direito sobre meu próprio ganho sobre minhas obras, pois todos se acham no direito de me roubar, derrubar e chutar minha bunda. Porque direito autoral é para os canalhas donos do mundo e isso tem de acabar (?!?!). Coloquei uma máscara de "V de Vendetta" no meu perfil e sou subversivo, nhec nhec! Nããão, você é só um ladrãozinho. Nada mais que isso.
Viva a lei Anti-Pirataria.
31 dezembro 2011
ciclos e rítmos
A vida não pergunta a data nem olha o calendário para aplicar mudanças em nossa trilha, e tudo é uma continuidade. Não faço parte de nenhuma religião cristã, nem me apego a celebrações como Natal e Ano Novo, desde a infância, ainda que sempre estivesse conectado a minha coletividade e compartilhasse tais datas com os meus. Mas os ritos de passagem são sim importantes, sei da sua importância.
Então, falando em ano novo, que nesse fictício novo ciclo valorizemos as coisas que já consquistamos e que não foquemos a felicidade naquilo que ainda não temos. Que os laços de familia e amizade prevaleçam sobre os de interesse. E que as dificuldades não sejam motivo de desesperança e sim impulso para a melhora.
Tolerância, fraternidade, compreenção em nossos dias.
Tolerância, fraternidade, compreenção em nossos dias.
Saúde, amor e felicidade! hoje, agora e sempre!
Feliz 2012!!
Feliz 2012!!
Se nos falamos muito ou pouco durante esse ano, isso não importa. O que é certo é que você faz parte da minha existência tendo-se em mente a interligação inevitável entre todos nesse planetinha, e desejo a ti muitos, mas muitos sorrisos plenos.
18 dezembro 2011
Pingos
As nunvens já se contorcem nervosas sobre as nossas cabeças
e cospem pingos e desaforos ao calor que dominava solene até então.
Os estralos das gotas que ouço são música dentro de minha mente; e
são aliviadouros verdadeiro em tal tarde de verão.
As flores nos vasos concordam,
e se banham felizes em cena obscena, nuas pois que estão.
e cospem pingos e desaforos ao calor que dominava solene até então.
Os estralos das gotas que ouço são música dentro de minha mente; e
são aliviadouros verdadeiro em tal tarde de verão.
As flores nos vasos concordam,
e se banham felizes em cena obscena, nuas pois que estão.
17 dezembro 2011
TOC do "Curtiu" e "Compartilhou"
O sedentarismo do ativismo me assusta. Com o advento das tais redes sociais o sentimento de indignação passou a ser motivador de ações aparentes, de atitudes ilusórias. E isso me assusta.
Eu vejo que as pessoas se convencem mesmo que estão fazendo algo de verdade, repassando links disso e daquilo como se fosse pastelaria.
Nada mais me assuta: o cara se diz um cidadão ativo e consciente. Daí você pergunta para o distinto o que ele fez ultimamente quanto a isso. E ele: - Ah, só hoje eu "compartilhei" dez vezes e "curti" umas quinze ações cidadãs (?!?!?!?!?!?)
Sim, José, são momentos bicudos.
Ele redirecionou ultimamente 20 vezes sobre o caso do cachorrinho morto a pancadas (ok,ok, ponto positivo pra ele, isso é algo ignóbil mesmo), daí vc pergunta o que ele fez em relação às milhares de crianças que morrem de fome todos os dias no mundo, ou sobre os milhares de cães que são eutanaziados nos CCZs Brasil à fora, ou sobre inúmeros patrícios que morrem todos os dias às portas dos nossos lindos "hospitais-favelas". E ele? *Silêncio*.
Ah! Esqueci! não havia nada sobre isso para ele "curtir" ou repassar sem pensar em nada.
É torcer para algo diferente acontecer e ele ter a oportunidade de ver o que ocorre lá fora no mundo de verdade. Hope.
E viva à superficialização e virtualização da solidariedade.
Estamos vivendo um remake das etapas da Antropologia às avessas. Quando a antropologia surgiu como ciência essa diciplina era teórica, de gabinete. Daí veio o Pessoal da Escola funcionalista e "foi pra rua", romper com a distância e com a teorização, depois os Extruturalista vieram e aprofundaram esse processo.
Agora com Googleralização da busca de informação e a Facebookização e Twitteralização das ações retrocedemos feio e velozmente, e estamos vendo o mundo pelos olhos do Grande Oráculo e trocamos nossos braços e pernas pela cria do Zuckerberg, vidrados e embasbacados que estamos diante da telinha do iphone.
*suspiro"
16 dezembro 2011
Pedaços
"Dos momentos inesquecíveis, parece-me, já esqueceste todos."
Essa tarde parada, eu sentado a cadeira,
faço minha mente atravessar um universo e chego
mais perto de você; Ainda que não a alcance.
faço minha mente atravessar um universo e chego
mais perto de você; Ainda que não a alcance.
Muitos sonhos despedaçados, e são os únicos
fragmentos que ainda tem alguma forma reconhecível
do que eu fui e do que eu desejei ser naquele dia.
Do futuro eu nada sei ou aguardo,
só espero esta tarde passar,
sentado a cadeira,
atravessando um universo.
Elas estão chegando

E chegou a temporada enfadonha onde elas me atacam de todos os cantos. Em casa, no trabalho, nos velórios, nos clubes, em todo lugar.
Só de ver o anúncio das retrospectivas, essa nulidade, já me ataca a psora. Me dá rinite alérgica, incontinência verborrágica, me altera o castanho dos meus olhos.
Sim, eu estou irritadiço (como diria minha amiga Eleonora) este final de ano, e ficarei mais quando o Sergio Chapelin aparecer anunciando a retrospectiva de 2011.
O que me deixa tão irritado quanto? ouvir Adele. Sim, eu sei, é a queridinha do momento e canta estupidamente bem, boa interpretação, é quase bonita, sim. Mas me irrita ouví-la em todo lugar a todo momento, fazer o quê?
Adele me irrita, Retrospectiva me irrita, Michel Teló me irrita, Fátima Bernardes me irrita, Malu Magalhães me irrita, Facebook me irrita, solados vermelhos a la Louboutin da 25, pessoas repassando e repassando links sem saber sequer do que se trata, gente desesperada por ibope na web, hálito de cerveja, caloraço e irritados me irritam.
Acho que o sinal da idade que chega vai ficando dia-a-dia mais notório. ....E isso me irrita.
07 dezembro 2011
Desventuras? Eu quero um Combo!
Daqui da altura do telhado do Mausoléu (de onde se tem vertigens acachapantes olhando-se para baixo) eu posso ver pessoínhas lá embaixo fingindo ser felizes com a receitinha de bolo dos outros. Parecem, no meu entendimento, desejar aparentarem viver num eterno comercial de cerveja skol, rindo embasbacadamente, rastejando-se por um caminho manjado e fabricado por verdades cenográficas de alto-astral tipo praia, samba, álcool, bunda, sol e churrasco.
O Bom Jesúis sabe que eu tentei sempre ser tolerante com as pessoas que fazer o tipo "alegrinho(a)-superficial", mas muitas vezes, confesso, não "logrei êxito". Nem sempre o cidadão está zen o suficente para ouvir coisas do tipo "Uhú! sexta-feira! fechô seizóra! vamu escutar calcinha preta (?!?!?!) no Zé Leite!!" enquanto você tenta desenvolver uma ação solidária coletiva num orfanato.
É claro, ninguém é obrigado a ser o "engajadinho mala", lóbiviu (com o diria meu sobrinho), mas tudo na bitola. Nem mais, nem menos.
O Bom Jesúis sabe que eu tentei sempre ser tolerante com as pessoas que fazer o tipo "alegrinho(a)-superficial", mas muitas vezes, confesso, não "logrei êxito". Nem sempre o cidadão está zen o suficente para ouvir coisas do tipo "Uhú! sexta-feira! fechô seizóra! vamu escutar calcinha preta (?!?!?!) no Zé Leite!!" enquanto você tenta desenvolver uma ação solidária coletiva num orfanato.
É claro, ninguém é obrigado a ser o "engajadinho mala", lóbiviu (com o diria meu sobrinho), mas tudo na bitola. Nem mais, nem menos.
E quando o mesmo declara para você num volume de voz que mais parece que estás numa sala 10 metros distante: "Peixe, vamu pro Zé leite? lá tem uma vaca-atolada do diabo!"
Que é do diabo eu não levanto polêmica, mas logo após meus tímpanos voltarem a um nível de funcional ao menos metade do anterior eu realmente gostaria de discutir a real satisfação de curtir uma vaca-atolada a 30º C de verão tropical com pessoas ululantes, escutando uma música, digamos, diferenciada (como diria Mr Tucano). Well, gostos são gostos e yo nada tenho akver com isso.
Caminho rumo ao meu santuário de descando e ao chegar, qual a supresa? Os mais novos vizinhos tinham produzido uma festinha (um rala-bucho) que transbordava para a rua. Tocando, para deleite do meu pavilhão auditivo, pérolas do cancioneiro das altas latitudes brasileiras. Abri o portão da garagem já me sentindo em algum pancadão de Belém. imaginava que a qualquer momento um ximbinha iria me abordar e me dar alguma punhalada final na minha alma.

daí o cidadão se sente na obrigação de sofrer uma embolia.
são dias difíceis...
é o 2012 chegando, é a primavera árabe, o armagedon, o kaly-yuga, o purgatório na Terra, ou algo assim.
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