
Você até sabe que o adorno jamais será o mesmo, que ficará faltando pedacinhos fundamentais, que apresentará rachaduras e trincas que qualquer um pode ver a metros de distância, que a cola estará aparente, que não mais voltará a ter a firmeza de antes, tampouco sua beleza, que estará perdida para sempre e só estará presente na sua lembrança, e só lá.
Mas você gostava tanto do vaso. E voilá, você o faz.
Sabe, eu passei boa parte de minha jovem vida ensinando a arte da olaria e mais de mil vasos, de certo, eu fiz. Alguma experiência eu ganhei;
ah, mas desses vasos a gente não pode esperar o esperado.
. . .
E enquanto me encho de preparados alopáticos (depois que você passa dos 35...) e escuto meu blues ácido e nervoso me recordo de meu velho violão que chora guardado em sua valise saudoso de seus momentos mais atarefados. Mas os dedos e mãos do desenhista e redator predominaram sobre os dedos e mãos do músico.
Hoje a música me chama again, agora já editor dos meus próprios alfarrábios y dibujos o blues furioso grita por mim mais uma vez. Talvez é chegada a hora de eu dar espaço para o músico. Para as notas, os colchetes, os compassos.
4 comentários:
Obrigada por passar e seguir nosso blog.
O post de hoje pode ser "inspirador"
Beijinhos
Nane
Olá! Obrigada pela visita e pelas palavras, espero que volte sempre!
Isso do vaso eu adaptei à mim, não sei se da forma que interpretei foi a que você disse, mas gostei muito.
Beijos!
Achei!!! Bom estar de volta! Bjo.
que haja então espaço para a música :)
E depois..do que se pode esperar mesmo o esperado?!
Dias cheios de inspiração***
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