04 dezembro 2010

Lutando Para não Sucumbir ao Calor

Atrás de minha orelha ensaia a descida de uma gota de suor.
Converso aqui com minha taça de vinho gelado que em nada me agradam dias como este de calor desenfreado e que não os suportaria se não fosse tais belos temporais que os acompanham nessa época.
Aliás, as nuvens já se contorcem nervosas em roxo e chumbo lá no céu.

Estava aqui lembrando minha passagem por Torino, na Itália, ha uns 15 anos.
Pensava aqui comigo como seria tudo em minha vida se tivesse descido ficar lá e não tivesse ído para Bielorrússia e posteriormente voltado para o Brasil. Como seriam meus dias, hoje?

Não sei, realmente não sei o que teria vivido lá, com seria hoje.
Mas uma coisa é certa. Tudo que vivi depois que saí de lá me fez de mim o que sou hoje. Cada experiência de vida, cada pessoa conhecida, cada dia de amor vivido e de dor também.
Cada um dos passos foram fundamentais para formar essa pessoa que eu vejo no espelho. Uma por uma das marcas e cicatrizes de meu rostos contam, silenciosas, meus momentos. E uma a uma eu as amo, pois são no seu conjunto o diário aberto dos meus dias.

E o que eu mais gosto disso tudo que vivi no Brasil esses anos são as pessoas que conheci e convivi por cá. Todas que me fizeram melhor e pior, que me fizeram sorrir e as que fizeram-me chorar. Cada uma que fiz sorrir e cada uma que fiz chorar. Pois o convívio com todas elas fazem o mosáico do vitral da minha existência.
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Ontem recebi um email de uma amiga muito querida e especial, em dada altura do email esta escreveu: "Hoje a tarde estava comendo uns biscoitinhos de Petrópolis e lembrei de vc!Especificamente no "seu coração"... Algo aqui dentro acredita q seu coração é molinho e gostoso como aqueles biscoitos!rs"
Eu gostei disso. Apesar de eu não crer que isso necessariamente reflita a realidade, mas saber que eu possa dar essa impressão por meus gestos, palavras ou escrita me traz contentamento.

Muita luz em seus caminhos, moça. Você fez um bem hoje. Que os Deuses e Deusas a iluminem sempre.
Bom é ter pessoas que nos querem bem em cada um dos recantos da esfera.

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Como disse em posts anteriores, a vida me aplica alterações importantes em meus rumos. Eu, navegante de mares revoltos interiores, reajusto as velas e giro o timão para melhor aproveitar esses ventos trazedores de mudanças vindouras. À que mares velejarei agora, assim de sopetão? em que portos atracarei? O astrolábio da minh'alma não está me valendo nestes momentos para antever e obter respostas para tais perguntas.
Veremos.