14 abril 2009

Afinal, em quê?

Em meio a previsibilidade aparente de todos, esta que fomenta-lhes segurança e abrigo, ele segue sua inconstância perturbadora que tanto lhe trás olhares animosos e repressores. Inconstância que inova e ressalta-lhe entre aqueles mímetes do nada sem-graça, que o descola da paisagem cansativa, mas acolhedora (dos medíocres). Afinal o que ele quer? o que espera? em que acredita?

Sua arte o redime, o salva da imolação certa, o purifica do pecado que ele mesmo desconhece o sentido, retira a mácula imposta pela massa homogenea e amorfa que pulula frenética na sanha do julgamento.

É o doce da vida, o plus da primavera, a cereja do bolo. É pau, é pedra, é o fim do caminho.